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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Entrevista com Mayra Siqueira

É com muita honra que o  blog recebe mais uma jornalista. Dessa vez, é a Mayra Siqueira.

Mayra Siqueira nasceu no dia 19 de setembro de 1986 e atualmente trabalha na Rádio CBN. Em 2010, começou a trabalhar na empresa Rede Globo. Mas, no mesmo ano, saiu da emissora e foi para a CBN. 

Abaixo, você poderá saber um pouco mais da entrevistada.

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Mayra Siqueira?
Mayra Siqueira: Essa pergunta é muito ampla... Sou repórter da Rádio CBN há 2 anos e meio, jornalista e historiadora por formação. 

GD:  Em que momento decidiu se tornar jornalista esportiva?
MS: Quando entrei na faculdade, esperava cair na área de política, apesar de amar esportes. Foi no eu primeiro estágio em futebol que decidi não sair mais da área esportiva. Foi no site e revista Trivela.

GD: Você também é bacharel em História. Isso ajuda no jornalismo esportivo?
MS: Como formação, bagagem cultural, ajuda sim. Qualquer tipo de conhecimento é importante, especialmente pra jornalistas, que têm sempre de estar bem informados. Mas na questão prática, é claro, a História está pouco relacionada com o jornalismo esportivo do dia a dia. Mas a forma que aprendemos a entender e estudar o passado, sem dúvida, ajuda. 

GD: Correr atrás de uma reportagem: essa é uma das funções mais difíceis de um jornalista. Tem alguma história curiosa ou engraçada dessa função?  
MS: Engraçada eu acho que não. Me diverti muito em muitas pautas e aprendi demais com outras tantas. Algumas gostei mais de fazer, como é natural, mas não consigo lembrar de nenhuma que tenha sido engraçada em si.

GD: Em quais empresas de mídia já trabalhou? Como foi trabalhar nessas empresas?
MS: Trabalhei, na área esportiva, na Trivela, como estagiária, e tive a oportunidade de trabalhar com profissionais incríveis, que foram todos parar na ESPN, como Leonardo Bertozzi, Ubiratan Leal e Gustavo Hofman. Todos muito inteligentes e verdadeiras enciclopédias futebolísticas. Depois de um ano lá, fiz estágio do mesmo período na Globo, pelo portal globoesporte.com, mas que ficava dentro da TV Globo, e foi muito interessante conviver com grandes profissionais da empresa e poder fazer mais trabalhos na "rua". Por fim, fui contratada na CBN em 2011 e é onde estou até hoje. Uma equipe maravilhosa, que é como uma grande família.

GD: Você acha que um jornalista esportivo deve assumir seu time de coração?
MS: Acho que é uma opção de cada um, e que tem que ser sempre respeitada. Acho mais difícil pra repórteres que lidam no dia a dia com torcedores que podem ser intolerantes. Pra comentaristas, por exemplo, é mais tranquilo. Mas acho que, apesar de tudo, estamos aprendendo a entender que um time de coração não faz alguém ser bom ou mau profissional com o outro time.

GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais da comunicação que mais admira?
MS: Citei alguns que trabalharam comigo na Trivela, os que trabalham comigo na CBN da mesma forma. Sou grande admiradora dos profissionais e também como pessoa do Deva Passcovicci, Mario Marra, Marcelo Gomes e Paulo Massini.

GD: Qual a sua opinião à respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
MS:  Ignorados, jamais. Sou da opinião que teriam que ser revistos em suas fórmulas e calendários pra não prejudicar outras competições importantes e para que se perdesse o interesse dos grandes clubes.

GD: Mudando de assunto, o que achou da convocação de Luis Felipe Scolari para a Copa das Confederações? Faltou algum jogador?
MS: Bom, agora bastante atrasado... hehe. Acho que daria pra ter sido feita algumas mudanças, mas não achei o fim do mundo ou assim tão contestável. Não levaria Julio Cesar como goleiro, teria convocado Rafael - mas não para ser o titular, e sim como segundo ou terceiro.

GD: Brasil é favorito ao título da Copa das Confederações e Copa do Mundo?
MS: Não, não acho. O time pode ter algum tempo pra se entrosar nesse período, mas a grande questão para mim é o nível dos atletas. 

GD: Tite é o melhor treinador na atualidade?
MS: Com o tempo e liberdade que teve para estabelecer um trabalho a longo prazo, mostrou que tem boas ideias. Acho que, hoje, é o melhor do país. 
GD: Libertadores: 5 times brasileiros foram eliminados. Qual foi o ponto-chave para a eliminação desses?
MS: Cada eliminação tem que ser analisada em separado, não foram situações comuns umas às outras.

GD: Qual time tem mais chance de conquistar a Libertadores?
MS: Acho que o Atlético-MG ou Newell's.

GD: Brasileiro: São Paulo vem demonstrando um futebol seguro no início do campeonato. Isso é fruto do trabalho de Ney Franco?
MS: Acho que o Ney Franco deu uma boa ajustada em um grupo que pegou bastante bagunçado pelo trabalho do Leão, mas ainda tem muitas dificuldades com o time. Não acho que o São Paulo esteja assim tão seguro. 
GD: Santos perdeu Neymar para o Barcelona. Se o time não se reforçar, a equipe santista pode ser candidata forte ao rebaixamento? E o que achou dessa negociação?
MS: O grupo tem total condição de fugir do rebaixamento, mas não briga pelo título. Precisa de um técnico que ponha "ordem na casa" em primeiro lugar, porque o time não tem padrão. Acho que foi uma negociação interessante pro Santos e para o Neymar, e creio que vai ser muito importante para sua evolução atuar na Europa.

GD: Para o Palmeiras, só restou a Série B. Acredita que o time tem potencial para conseguir o acesso ou passará por muitas dificuldades?
MS: Vai conseguir o acesso com tranquilidade.

GD: Corinthians contratou Maldonado e Ibson e está interessado no Malouda. É necessário tanta contratação assim?
MS: Ambos são jogadores que chegaram sem custo, e o Corinthians pode perder jogadores. Precisa, sim, de peças de reposição para a longa disputa do Brasileiro e Copa do Brasil. Como todos os clubes precisam.

GD: Para finalizar, quais dicas poderia dar para as pessoas que querem seguir a área do jornalismo?
MS: Ter consciência de que são muitas dificuldades e muitos percalços no caminho de um jornalista, mas é uma profissão muito gratificante. Tem que se estar disposto a enfrentar esses problemas e ter muita força de vontade.

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